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Academia de Letras entrega Comenda José Lins do Rego

11/06/2011 - Atualizado em 11/06/2011 22h28
Cartunista Rico
Jornalista Lauro Moraes
Amim Salles do AABB Comunidade
Padre Júlio Pessoa Franco

Mônica de Oliveira (FACIG)

A Academia Manhuaçuense de Letras concedeu nesta sexta-feira, dia 03, a Comenda José Lins do Rego a personalidades que contribuíram para a divulgação e apoio à literatura e às artes, como também, no engrandecimento da educação e cultura de Manhuaçu. Durante a comemoração dos 110 anos do nascimento de José Lins, patrono da AML, foram agraciados com a comenda: o cartunista e ilustrador Valfrido Ricardo Martins (Rico); o jornalista Lauro Almeida de Moraes; o Padre Júlio Pessoa Franco; o Projeto AABB Comunidade – Amim José de Sales Júnior (representante); e a Facig (Faculdade de Ciências Gerenciais de Manhuaçu) – Mônica de Oliveira Costa (representante).

Mostrar um pouco mais da vida e obra de José Lins para o povo tem sido uma das propostas da Academia Manhuaçuense de Letras. Desde sua fundação, em 1981, os acadêmicos decidiram homenagear o escritor como patrono da AML. A história mostra que foram só dois anos: de 1925 a 1926, o período em que o escritor paraibano José Lins do Rego morou na cidade de Manhuaçu. “Mas a cidade não o esqueceu”, garante o presidente da Academia, advogado Luiz Amorim.

A entrega da comenda que leva o nome de José Lins do Rego é uma forma de reconhecer aquelas pessoas e instituições que engrandecem o nome e a cultura de Manhuaçu. A atividade serve também para aproximar o público da trajetória e da obra do imortal da Academia de Letras que passou pelas terras manhuaçuenses há 86 anos.

TRAJETÓRIA

Formado em direito, teve breve experiência como promotor público na cidade em 1925. No ano seguinte se mudou para Maceió, a capital alagoana, onde teve contato com escritores como Graciliano Ramos, Rachel de Queiroz e Jorge de Lima, ao se tornar colaborador do Jornal de Alagoas. Os romances Menino de Engenho (1932), Bangüê (1934) e Usina (1936), entre outros, pertencem à primeira fase de sua produção literária, o ciclo da cana-de-açúcar. Em 1935 se mudou para o Rio de Janeiro. Oito anos depois, publicou o romance considerado sua obra-prima, Fogo Morto. José Lins do Rego entrou para a Academia Brasileira de Letras em 1956. Quarto ocupante da Cadeira 25, foi eleito em 15 de setembro de 1955, na sucessão de Ataulfo de Paiva, e recebido pelo Acadêmico Austregésilo de Athayde. Morreu no Rio de Janeiro, em 12 de setembro de 1957.

Para o presidente da Academia Manhuaçuense de Letras, Luiz Amorim, a obra de José Lins do Rego é uma referência significativa para a literatura, a cultura e as artes em Manhuaçu. “Todos os anos promovemos uma Sessão especial na data de aniversário do nascimento dele, 03 de junho.

Neste ano, a AML entregou a Comenda José Lins do Rego a mais cinco personalidades e entidades como uma forma de reconhecer e incentivar personalidades e entidades que trabalham pela cultura e a arte em Manhuaçu”, afirma.

Carlos Henrique Cruz
Fotos: Idualber Freire/Contexto Publicações

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